A Nossa História

Palácio do Conde do Lumiar

O Lumiar é uma localidade que nasce como freguesia, segundo documentos históricos, em 1266. Rica em património cultural imaterial e em quintas, é aqui, neste bonito largo que nasceu o Real Colégio de Portugal a 1 de Setembro de 1999, que em tempos fora uma casa de campo para férias.

É a partir da Idade Média que o Paço do Lumiar começa a desenvolver-se e a crescer em número de habitações e pessoas.

A designação de Paço do Lumiar tem a sua origem na partilha de bens feita entre o Mordomo-Mor do rei, o Conde de Barcelos, que pouco antes de falecer designou D. Dinis como seu testamenteiro. Este atribui ao seu filho D. Afonso Sanches, filho bastardo e genro do Conde, uma quinta e casa de Campo no Lumiar. Assim, passou a chamar-se: Paços do Infante D. Afonso Sanches. Mais tarde, durante o reinado de D. Afonso Sanches, esta casa passou a chamar-se de Paço do Lumiar. Daí o nome da freguesia.

Tudo indica que a moradia que é mencionada como a “quinta e casa de campo no Lumiar”, que era a habitação do Conde de Barcelos, é hoje, o Palácio que acolhe centenas de alunos anualmente para abraçar o projeto educativo, que o Real Colégio de Portugal tem para oferecer.

A Fonte

A fotografia que lhe apresentamos poderia ser uma simples foto a preto e branco, antiga. Mas é muito mais do que isso. Esta faz parte da história do nosso palácio.

Um senhor chamado João Magalhães andava à procura de um Palácio com o endereço Rua Direita ao Paço do Lumiar, n.º10. No entanto, para quem conhece as redondezas desta zona história com locais recônditos, sabe bem, que palácios e zonas emblemáticas não faltam.

O senhor perguntou-nos se poderia enviar-nos uma fotografia, em que estava a sua avó, que teria vivido num Palácio, na Rua Direita ao Paço do Lumiar e, que segundo ele, remeteria-nos para os anos de 1910.

Eis que então nos chega a fotografia que apresentamos na imagem acima. Qual o nosso espanto, quando vemos que a estátua da fonte que se encontra presente na fotografia, permanece até hoje intacta no jardim do nosso Colégio.

Quinta do Pisani

O Paço do Lumiar foi um sítio de modas no decorrer dos séculos XVIII e XIX. É nesta época que começam surgir quintas e mais quintas, que ainda hoje podem ser vislumbradas por quem passa por estas bandas. Umas foram desaparecendo mas ainda mantêm até aos dias de hoje o nome dos seus proprietários ou ocupantes, daí muitas serem conhecidas por mais do que um nome, fruto da transferência das propriedades de família em família.

Estas quintas representavam o estilo de vida abastado que se vivia nesta localidade, retratando a forma como as elites sociais deste tempo viviam sobre o universo rural em quintas de regalo.

Este súbito interesse por quintas poderá ter a sua influência vinda de Itália e das chamadas Villas palladianas, que são na sua génese vilas agrícolas, que no decorrer do século XV, levou a um amplo movimento de integração de palácios em localidade mais rurais, que serviam de casa de férias. Mas afinal de onde nasceu esta quinta e nome de Pisani? Existem vários testemunhos de que a zona do Paço do Lumiar fora em tempos habitada por muitos estrangeiro, um deles, o italiano burguês, de seu nome José Pisani, que foi radicado de Lisboa. Ele foi o responsável por mandar construir, considerado por muitos, um dos mais espetaculares palácios do Paço do Lumiar. Em alguns locais podemos ainda ver mencionada como a Quinta do Mineiro, tal nome poderá estar diretamente relacionado com o facto de até aos anos 70 existir um ribeiro que percorria a Azinhaga dos Lages. Havia assim uma mina de água perco do palacete que poderá ter dado origem ao nome. Em 2015, quando palácio foi adquirido pelo Real Colégio de Portugal, com o objetivo de podermos expandir ainda mais a nossa instituição, pensando num futuro muito próximo, para que possamos acolher ainda mais alunos oferecendo-lhes o maior conforto possível e as melhores condições. Convidamo-lo a entrar neste pequeno pedaço de história, do qual tu podes vir a fazer parte!!

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